sem sentido
e por assim dizer
natural
que nos leva a crer
nos deuses que criamos
eu trago a palavra
e o silêncio
desse abismo ancestral
e o silêncio
desse abismo ancestral
que nos traga
há um outro abismo
cavado à força
de cavalos mecânicos
com almas mercantes
que nós mesmos criamos
como se tirássemos o chão
já frágil
do sentido e da vida
com as nossas próprias mãos
já frágil
do sentido e da vida
com as nossas próprias mãos
na palavra que falo
e na pausa que me cala
eu trago também
esse abismo de cifras
que nos traga
e na pausa que me cala
eu trago também
esse abismo de cifras
que nos traga
eu sou a voz
dos dois abismos
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