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Mostrando postagens de outubro, 2020

As teorias da conspiração e suas meias verdades

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Os tempos sombrios em que vivemos é um terreno fértil para o florescimento das teorias da conspiração, desde as suas versões mais delirantes da extrema direita até as que se assentam em dados da realidade, que costumam ser desenvolvidas à esquerda, inclusive nos meios acadêmicos.  O marxismo globalista, o vírus chinês, o comunismo de Soros e Gates, a aliança dos progressistas e ativistas com o diabo são exemplos dos delírios conspiratórios dos neofascistas e cristofascistas atuais que infelizmente ganham cada vez mais adeptos no Brasil e no mundo. As teorias conspiratórias elaboradas pela esquerda são mais inteligentes e baseadas em dados da realidade, tratando, geralmente, do estado profundo (deep state) norte-americano e do imperialismo dos países centrais do capitalismo (EUA, Europa Ocidental e Japão) e sua luta sem tréguas para manter seu domínio geopolítico mundial, estabelecido no Pós-Guerra, impedindo que as nações periféricas se desenvolvam e se tornem competidores poderosos. A

“lâminas”, a poesia imprescindível de Dheyne de Souza

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lâminas , o mais recente livro de poemas de Dheyne de Souza, foi lançado em junho pela Martelo Editorial, numa edição muito bem cuidada e com uma bela capa que faz juz aos poemas do livro. Trata-se do segundo livro impresso de Dheyne de Souza, cuja obra de estreia foi o ótimo Pequenos mundos caóticos , livro infelizmente muito mal divulgado. Além disso, a poeta tem outras publicações em formato de ebook, que ela disponibiliza gratuitamente para download em seu blog pessoal . Além de apresentar o livro de Dheyne de Souza, este texto é a tentativa de abrir uma porta de entrada para a poesia da autora, para que o leitor possa, depois, construir suas próprias entradas e caminhos para explorar as várias possibilidades de sua obra poética, ao mesmo tempo densa e sutil, experimental e expressiva.   Uma corrente alternativa da poesia   De início, a poesia de Dheyne de Souza pode se apresentar como difícil, hermética, pouco afeita ao humor, à ironia, à discursividade e à fala coloquial, caract