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Mostrando postagens de maio, 2020

Canções concebidas no inferno - e-book de poesia

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  Lançamento: Canções concebidas no inferno Poemas: 2014-2020 E-book de poemas disponível na Amazon para dispositivos kindle. Preço: R$ 6,00 (gratuito para kindle unlimited) ALGUNS POEMAS DO LIVRO: Com a bênção de Deus O porrete baixa nas costas das bichas e macumbeiros Os vermelhos e os pretos apodrecem na prisão-vingança As bocas evangélicas vomitam fascismo como se cantassem o amor As cantilenas neoliberais enrabam o povo como se o ninassem As cobras, águias e urubus se apoderam dos quatro poderes As chupetas eletrônicas adoçam a alma enquanto rapam tudo Os condomínios e apartamentos se apartam do mundo As pessoas se apartam do mundo, umas das outras, de si mesmas O ódio floresce nos jardins de asfalto Um mundo em decomposição Estou com fome, a manga sobre a mesa está perdida. Procuro uma faca, procuro retirar as partes podres, procuro alguma polpa sã, procuro em vão. Tudo tem seu tempo e o tempo da manga se d

A esquerda faliu: a utopia que resta é se tornar classe média

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Já tenho um filho e um cachorro Me sinto como num comercial de margarina Sou mais feliz do que os felizes  (Zeca Baleiro) Num artigo contundente o historiador e cientista político Roberto Bitencourt procura chamar as esquerdas à realidade e despertar nelas seu original espírito de luta, lembrando que, no fim das contas, o jogo político é uma disputa de forças, no qual ganha o lado mais bem armado ou, no caso das esquerdas, com mais soldados. Bitencourt retoma a questão central da luta de classes e da necessidade do povo lutar contra a exploração, recorrendo, se necessário, à desobediência civil (das leis burguesas) e até à luta armada. Lembra a bem humorada tirada de Stalin, perguntando a seus interlocutores quantas divisões o Papa possuía, ironizando sua “capacidade moral” de interferir na Segunda Guerra. Para Bitencourt, as esquerdas estariam fazendo, hoje, papel de Papa, ao protestar contra o fascismo e a direita tradicional recorrendo a argumentos éticos e morais (o bom-moc

Os perigosos maniqueísmos da esquerda.

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Este artigo é um comentário crítico acerca de um texto de Daniel Estulin que Rogério Mattos postou no Blog do Nassif em 10/05/2020. Depois de desfilar uma série de cenas (takes) da pandemia do coronavírus, envolvendo a OMS e certas pessoas poderosas da elite internacional, Estulin começa seu texto assim: Agora quero lhes explicar como se gera uma pandemia a nível burocrático. Vamos imaginar que existe um grupo de pessoas em nível supranacional, ou seja, acima dos presidentes e primeiros-ministros. Em suma, essa gente, o “Estado profundo”, que controla a maquinaria do poder, entendem que o mundo está a ponto de se quebrar, que a dívida planetária de 4 quatrilhões de dólares é absolutamente impagável. Então essa gente necessita de alguma forma se livrar dessa dívida. Tentaram fazer através de uma guerra termonuclear quando mataram Soleimani em 3 de janeiro de 2020, esperando que as grandes potências – como Irã, Rússia, China, EUA, Israel, Turquia, quem seja – se metam no Oriente Méd