A vida e a poesia
Se enveredam num caminho que se enrosca morro acima dando voltas e mais voltas e não se volta Às vezes há desvios com promessas de atalhos e nos devolvem ao mesmo repisado caminho Veredas urdidas com o tempo não se para ou se desatam os nós cegos que nos atam Nada ensinam nem nos salvam às vezes vislumbramos o silêncio perfumado de um jardim na nuvem alta antes de escorregarmos no cascalho da estrada e darmos com os burros n'água ou cairmos de cara no chão se dermos sorte e não nos despencarmos do paredão