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Do moralismo e das pessoas de bem

Todo moralismo é uma farsa, sem exceção. Na política, na religião, nos costumes, nas artes ou nos negócios, o moralismo é sempre um disfarce para o exercício do ódio e do poder tirânico sobre as pessoas. Quem faz discurso moralista, ou é pilantra ou idiota útil, também (auto)denominado "pessoa de bem". A partir da terceira revolução industrial, o trabalho humano está se tornando obsoleto como produtor de valor. Cada vez mais pessoas tendem a se tornar supérfluas para o mercado e são empurradas para o desemprego e o subemprego. Quem ainda se mantém no mundo do trabalho, tem medo de se tornar supérfluo. Sem trabalho, as pessoas são excluídas da vida social e empurradas para a miséria. Incapazes de questionarem o capitalismo, cujas coerções sociais foram naturalizadas na psique, as pessoas tendem a se refugiarem no moralismo, em busca de segurança, certezas e bodes expiatórios em que possam descarregar suas frustrações. O sucesso do moralismo entre as massas é obra do medo

boas novas II

a nova agricultura é o agronegócio o novo artesanato é o just in time a nova juventude é o botox a nova sabedoria é o Google a nova amizade é o Facebook a nova amizade é o networking o novo erotismo é a pornografia a nova arte é o entretenimento a nova viagem é o turismo o novo homem é o profissional a nova mulher é a profissional a nova virtude é a eficiência o novo trabalho é o bico o novo alívio é a droga a nova consciência é o bolso o novo desejo é o consumo o novo templo é o shopping a nova fé é o evangelho da prosperidade a nova alma é Narciso e o novo Cristo é Mamon