Por Franco Átila
Cada cristão sua Cruz
cada povo sua Esfinge.
também temos nosso judeu
maluco beleza barbudo
prevendo futuros de abismos
que se desabam no agora
arruinando os paraísos
propagados pela (publi)cidade
corroendo a felicidade
eterna da (pós)modernidade
com a força dos terremotos
e a surpresa dos meteoros.
Cada cristão sua Cruz
cada povo sua Esfinge.
Se eles têm Moisés e Jesus
também temos nosso judeu
e sua gnose do esfíngico Deus
mas em vez de adorar o áureo Deus
nosso santo judeu O pragueja
e nos prega o abandono do Deus.
Ó filho bastardo de Germânia e Judá
ó filho herege da Sacra Burguesia
ó excomungado, vós sois nosso guia!
Ó pecador odiado pelo gentio
e que amamos tanto, ó profeta
escatológico da crise e do chash
revelai ao gentio o Deus Cu
que nos devora em trabalhos de merda
e nos caga mercadoria e moeda
infectando a alma do povo
rapando a pança do povo
trincando a esperança do povo!
Cada cristão sua Cruz
cada povo sua Esfinge.
Se eles têm Moisés e Jesus
também temos nosso judeu
que se lança a desertos modernos
desafiando $ibilina$ $erpente$
para alertar-nos da Esfinge fingida
que nos tenta com ouros e mirras
e nos incensa de lírios narcisos
mas que do fundo da alma malvada
nos fita com olhos ferinos
arreganha caninos e garras
e nos desafia com sua bocarra:
ou me d-e-$
ou os d-e-v-o-r-o.
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