trevas não te atrevas
que te cravo esta cruz
que te grafo três letras
luz
não queira que eu esteja aqui
não queira que eu seja agora
saber-me inteiro não queira
coisa que nem mesmo eu quis
há tantas metades minhas
espalhadas pelo tempomundo
nãonunca me saberei
quandondeuoutroeuvários
rastro de animal nenhum
eu soo pleno ao contrário
o abismo do abismo em mim
sem fundo limiar sem fim
e a cabeça aluada
voa aos confins
ah! quemninguéns
jamais vos me alcançareis
Aura
que bela palavra!
Mística, aérea, etérea
alvorada da vertigem d'alma.
Mão, rosto... o corpo à esquerda
me formiga. Fornicam na cabeça
dormências e dores. Ó sinistra
brisa que me haure a alma!
Cefaliv te acalme
Aura
Quando eu era menino, adorava brincar de carrinho. Então, construía estradas, pontes, estacionamentos, postos, calçadas e ruas, tudo muito...