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Ultimato
Pobres modernos perdidos no impasse das palavras a cada poema o fim da linha cada passo a um passo do abismo. Do silêncio do livro o poeta grita à multidão de surdos: o mundo está moribundo o sentido é absurdo o buraco não tem fundo se eu me chamasse Raimundo... A solução seria esta rima do branco da página com o niilismo da vida? Pobres modernos poemas tão belos mas ermos, enfermos fragmentos de fina ironia labirintos em volta do vácuo ecos sem voz de fato sombras de nenhuma Ideia. Mais um gole e se acabou palavras não dizem mais nada absintos de Rimbaud. Pobres modernos: este vai ser mesmo o último não há motivo pra mais tudo já foi di...
dismindfulness
não queira que eu esteja aqui não queira que eu seja agora saber-me inteiro não queira coisa que nem mesmo eu quis há tantas metades minhas espalhadas pelo tempomundo nãonunca me saberei quandondeuoutroeuvários rastro de animal nenhum eu soo pleno ao contrário o abismo do abismo em mim sem fundo limiar sem fim e a cabeça aluada voa aos confins ah! quemninguéns jamais vos me alcançareis
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