Uma cama entre dois turbilhões
Para a Zezé
Tempos tumultuosos lá fora
dores, lutas, labutas
presságios de fim de mundo
Aqui dentro
o coração revolto
um poeta de cabeça fraca
Amanhece chovendo manso
sinto o doce odor da sua respiração
misturado ao suave suor noturno
de sua pele atlética
A bagunça dos lençõis e cobertas
mal oculta a harmonia da cena
e a força do seu sono ressoando
luz contra as sombras do mundo
e meu coração soturno
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