Um pé de acerola
A jabuticabeira
E as flores em volta
Ecoam cores
No canto dos pássaros
Um tapete de grama
Os muros medidos
O jardim flutua
No azul infinito
No céu de uma tarde
Qualquer da cidade
O jardim se compõe de pequenos
Pedaços de vida arranjadosCom zelo e tenacidade
Pelas hábeis mãos da amada
Como um poema
Cultivado pelo poeta
O poema se agarra à página
Numa luta ferrenha
Contra o tempo que o leva
E leva poetas
E gentes que os amam
E língua e galáxias
O poeta escreve para ser amado
E ficar na eternidade
Como um deus
O poeta
É um escravo da vaidade
O jardim
Apenas flui na tarde
É um pedaço de vida
Para ser fruída
Passagem e mais nada
O jardim de sua amada
É uma lição
De generosidade
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