Um ódio se gesta de longa data (anos, décadas, séculos) no útero podre de certas massas claras e esclarecidas: batinas, ternos, togas e fardas.
Um ódio vem à luz num momento de brecha, a ocasião faz o parto, o ódio dentro já está feito.
Um ódio cresce e se espalha, câncer, vírus, capim, pasto de bois de todas as raças. O ódio já não é só branco e instruído, é negro e também pobre e cristão. O ódio ama as pessoas de bem e combate a corrupção.
O ódio quer um inimigo para ferrar-lhe a fogo a marca do corrompido, para regozijar-se com sua dor, prisão e humilhação. O ódio festeja a morte, o ódio deseja o ódio, o ódio quer ser mais ódio, até o puro ódio, até não restar vestígio do inimigo: corpo, alma, lembrança.
Enquanto ataca e destrói, o ódio corrói
dentro (sem ser visto)
a alma do que odeia,
até não restar nada
de nada,
nirvana do fascismo.
13 abril, 2018
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