tempo
!
agora
é tudo agora
tem mix
tura fina? não
in
stante
in
stável
stantânea
eter
nidade
pelho meu
ex
iste algo
a
não ser
eu?
da minha
sanha?
pro
atividade
pro
fissionalismo
pro
stação
ódio
com
aleluia
abra o olho
você con
cegue
se for pra fazer poesia instantânea
que não seja poesia-miojo
que seja poesia-estouro
como o luís araújo pereira
e o sebastião uchoa leite
(Franco Átila)
Vocês crédulos creem que creem no Cristo,
em Alá, Jeová, deuses mortos há muito,
cujas carcaças, agora, são apenas disfarces
para o novo Deus que nos guia...
Vocês espíritas, espiritualistas, novos pagãos
creem que creem num difuso outro
mundo infra, supra, ali ou ao lado,
não sabem de nosso verdadeiro Pai
que paira cristalino acima de nós...
Vocês ateus, agnósticos, céticos sombrios
creem que descreem de tudo, mal
sabem a Deidade que louvamos todos...
Pois Deus existe! Existe e nos moldou
à sua imagem e semelhança, somos um
espelho falho de sua Alma perfeita.
Somos todos filhos do mesmo Pai
que tanto adoramos sem o sabermos.
Não sabemos do Deus, não sabemos
de nós, não sabemos de nosso
infinito amor pelo Pai infinito.
Mas eu, profeta abissal do mundo
pós-moderno, eu trago a Boa Nova,
a Revelação! Eu lhes digo o nome,
eu anuncio Aquele que vocês,
ignaros, adoram desde o berço,
desde o útero, desde o óvulo
e o esperma! Eu lhes mostro a Verdade
única e absoluta do Universo:
MAMON!
Ó Mamon! Ó adorado Mamon!
Ó Deus que se esconde sob a pele
de cordeiro do Cristo e na descrença
fria do ceticismo liberal! Ó Sabedoria
que nos guia a cada passo nosso
sem que o saibamos! Ó Luz áurea
e fria que nos ilumina e nos cega!
Ó misterioso Ser que não pode ser
descoberto pelas gentes que O adoram
com fervor e furor! Ó Pai amado
pelos homens todos da Terra inteira!
Dai-nos forças, ó Pai; dai aos olhos
de vossos filhos forças para desvelarmos
as vossas entranhas mais profundas!
E dai-nos, ó Pai, forças; dai aos braços
de vossos filhos forças para cometermos
o mais necessário e hediondo dos crimes
o PARRICÍDIO!
o automóvel voa
rente às copas
das árvores
que
vislumbro
num piscar de olhos
com o olhar de pouso
dos pássaros que pausam
Quando eu era menino, adorava brincar de carrinho. Então, construía estradas, pontes, estacionamentos, postos, calçadas e ruas, tudo muito...