cada palmo de terra tem cerca e senhor sertão não tem não um maquinal compasso de prazos e horários adestra a duração balcões e vitrines encerram o desejo em jaulas de ouro nem as almas tão leves escapam ao peso das réguas do preço o corpo e a mente dia a dia se negam se entregando ao trabalho no coração dos súditos a aridez das horas a solidão dos muros