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Mostrando postagens de março, 2024

Gaza - Palestina

o horror     o horror   ó Palestina      a mãe procura os cadáveres dos filhos sob os escombros    o choro           da menina de pele queimada   a morte ao vivo     nas telas da internet      o horror que se repete e se repete e se repete      armênios   Gueto de Varsóvia    Auschwitz os genocídios    de russos e chineses          Vietnã    Camboja    Iraque   Sudão      Líbia   Síria   Iêmen    tantos outros novo milênio    século XX    Modernidade         tantos indígenas   africanos   orientais                 ó Palestina sois todos eles agora        sois a síntese                 de todos massacres                          condensados            no circo de horrores de Gaza não entra comida ou remédio    só o ódio        irremediável dos soldados                     e a chuva de bombas  sobre casas e escolas     hospitais e mesquitas       não há refúgio ou descanso em Gaza            onde as pessoas morrem agora                 de morte matada                        por bomba ou

Nada com nada

Compor canções edificantes ou terrificantes, edificações exímias sobre o Nada que é a vida, formas perfeitas com a carne das palavras e a alma do artista. Voz séria, ébria ou irônica a ritmar sem fim... Não, hoje eu quero ir ao dentista e errar depois pelo Centro  esquecido de Goiânia, com suas praças e vielas que escondem calçadas quebradas, frestas de onde brotam capim e casinhas art déco . Hoje eu não quero alçar a Voz aos abismos nem às alturas do Nada ou do Ser, quero ser o corpo que sou, pó sem voo, mero cisco no chão de asfalto e cimento. Nenhum regozijo, sequer um lamento. Hoje eu não quero nada com nada.

sol alto

Imagem
uma língua de silêncio cintila no mar de ruídos da avenida um mar largo de ruas e ruínas tragados na voz muda ó canto que não canta no asfalto nasce o poema: sol alto  x