Por Franco Átila Nietzsche é um filósofo reacionário, não importa o quão vanguardista ele seja. O que mais seria, senão reaça, quem defende a aristocracia como regime político ideal? Mas há um jeito de salvar Nietzsche, não para ele (que certamente riria de tal presunção), mas para nós. Ele odiava o escravo, o espírito de cordeiro que se manifestava no cristão e no democrata burguês (uma extensão do cristão). Por isto ele recusava a ideia de uma democracia burguesa, que seria apenas um governo de escravos. Nisto, ele acertou em cheio, assim como os roqueiros brasileiros. A democracia representativa, sua igualdade formal, suas leis e instituições, seu ideal de cidadania e a mitologia do estado de direito nada mais são que a face política da escravidão capitalista. Desejar a democracia e, na democracia, querer o conforto “civilizado” da vida classe média é querer ser escravo, como todos queremos. Um projeto para a emancipação do capitalismo seria, não a retomada reacionária de um regi