Um corredor estreito arremetia contra as paredes cinzas dos fundos dos edifícios, em reboco cru, sujas, calçadas rachadas, fezes, restos de comida, trapos. As três meninas tristes habitavam uma das paredes. O ruído da cidade entrava surdo no beco escuro, a dez longos metros da avenida abarrotada de gente e automóveis. Ele deambulava e entrou ali, sem motivo, queria respirar. Mas o lugar fedia. Respirou com a ajuda das meninas e suas mínimas narinas. Quando olhou para cima uma janela de céu escorregou por suas retinas... e ele mergulhou no azul infinito. As meninas foram testemunhas.
Assinar:
Postar comentários (Atom)
O engenheiro onírico
Quando eu era menino, adorava brincar de carrinho. Então, construía estradas, pontes, estacionamentos, postos, calçadas e ruas, tudo muito...

-
Aura que bela palavra! Mística, aérea, etérea alvorada da vertigem d'alma. Mão, rosto... o corpo à esquerda me formiga. Fornicam na cabe...
-
não queira que eu esteja aqui não queira que eu seja agora saber-me inteiro não queira coisa que nem mesmo eu quis há tantas metades minhas ...
-
Há os que limam ferozmente as palavras embora mintam que o fazem pacientemente. Há os que se deixam tomar pela ferocidade do verbo crendo (...
Nenhum comentário:
Postar um comentário