Por ocasião das lâminas
na carne alma
degustar cada lâmina
com calmapor dias a fio
já que nós, os per
versos hedonistas
nos alegramos de gozar
cada dor longa e profunda
mente
do meu longe... sempre
te leio
um jeito ainda
de perto
(cheio de saudades)
obrigado pelo bilhete
e pela memória
sa(n)grando o tempo
com estiletes
de letras e margens
P. S. Vejo a menina sensível, a poeta frágil-forte cortando a atmosfera irrespirável das metrópoles. A parca menina tece fios de lâminas delicadas cortando a noite pesada do asfalto, como quem brinca, como quem chora, como quem sangra… fios de sangue de lágrimas de alegria. A mulher sombria... pois ela entende de fazer brilhar (da sua voz de dentro) os claros e os escuros que a povoam / nos povoam... A poeta sombria desferindo lâminas na nação em trevas, na danação do povo, no ovo da serpente. Ela desfia, no fio das lâminas, o seu veneno de luz.
Não sei nem como agradecer tanto.
ResponderExcluirApenas continue fazendo poemas...
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